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No âmbito da Rede de Bibliotecas de Felgueiras, para dar cumprimento à atividade “Fórum de Escritores”, o 4º ano da professora Clara Dantas, da EB de Margaride, reuniu frequentemente com a escritora Raquel Patriarca, via zoom. Alunos e escritora escreveram uma história coletiva, ilustrada. Mais tarde esta história fará parte de um livro que será publicado.
Aqui fica uma ilustração!

Pode ser um desenho animado de criança e texto que diz "Box F"

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CAPÍTULO 8

O SELO SAGRADO

O caminho em direcção ao lugar sagrado onde se guardava o Selo do povo ocultiano parecia não ter fim. Talvez não fosse assim tão longe, mas para mim, que estava desejosos de lá chegar, parecia a estrada para o fim do mundo. Os ocultianos moviam-se de uma forma estranha. A Arya desaparecia de repente aqui, para aparecer lá adiante, e ficava a apanhar flores enquanto esperava por nós. O Box viajava completamente incógnito, transformado em poeirinhas douradas, e só sabíamos onde ele andava porque estava tão excitado como nós e levou o caminho todo a soltar risadinhas nervosas. O Professor planava. Assim mesmo, não há outra forma de o descrever. Ia alto e direito, de olhos fechados e a cara muito estendida para o céu, os braços cruzados em frente ao peito, as pernas imóveis e os pés paralelos ao chão, mas sem lhe tocar. Planava a uns vinte centímetros da relva a uma velocidade que nos obrigava a acelerar o nosso próprio passo.

O Selo Sagrado começou a ver-se a uma grande distância e era uma visão verdadeiramente impressionante. No centro de uma enorme planície repousava um círculo de pedras gigantescas, alinhados na perfeição e, no centro, guardavam um altar em pedra. Quando nos aproximámos percebemos que toda a superfície das rochas estava gravada com símbolos.

– Olha! – admirou-se a Teresa, – isto são hieróglifos. Lembro-me de os ver no livro de História.

– E aqui parecem caracteres árabes. – disse a Joana de um outro ponto do monumento. – E ali o alfabeto cirílico, e o romano, e estes parecem símbolos chineses….

– Sou capaz de jurar que vi este gatafunho num livro de matemática… – disse o Filipe, – o Pi ou lá o que é!  

– Como é que há aqui gravações de todas as escritas e línguas do mundo? – perguntei ao professor.

– Somos todos uma só família – respondeu ele muito solene, – todas as linguagens são uma só linguagem. Agora, Alex, anda cá.

O meu corpo tremia todo sem eu poder evitar de tão ansioso eu estava. Tinha logo de ser eu o primeiro!

O Professor guiou-me ao altar e pousou as minhas mãos sobre a pedra gravada. Ele fechou os olhos e eu imitei-o. Ele começou a murmurar um cântico e eu imitei-o outra vez. E o meu corpo continuava a tremer e a aquecer um pouco e a formigar por todo o lado. Desta vez, já não eram os nervos, e a matéria a transformar-se em mim.

Senti-me, de repente, inacreditavelmente leve. Abri os olhos e tudo à minha volta era luz. O Filipe, a Teresa e a Joana olhavam para mim de boca aberta e eu percebi que algo maravilhoso tinha acontecido. Olhei para as minhas mãos, mas só havia luzinhas brilhantes. Voltei a fechar os olhos, pensei na tília que a minha avó tem no quintal e quando voltei a olhar para as minhas mãos, eram ramos fortes, cheios de folhas verdes e florinhas brancas.

– Que cheirinho! – disse a Teresa.

– Meu! Estás um espectáculo – disse o Filipe.

– Agora é a minha vez! – disse a Joana.

E, um de cada vez, todos repetiram o mesmo ritual. A Joana transfigurou-se numa água-viva que parecia nadar suspensa sobre o altar, a Teresa foi substituída por uma enorme quantidade de borboletas, com tonalidades que faziam lembrar as cores das gomas, e o Filipe, claro, apareceu de tiranossauros rex.

No fim, abraçámo-nos muito. Pela felicidade que sentíamos, e, também, porque sabíamos que estava a chegar a hora de regressar.

Antes de partirmos o Professor deu uma pequena pedra a cada um de nós. Eram muito circulares e achatadas, lisas como os godos da praia e cabiam-nos na palma da mão. Cada uma tinha gravado um símbolo diferente. Eu tinha uma folha de árvore, a Joana recebeu umas ondas, a Teresa, uma espiral e o Filipe o símbolo de Pi.

– Nestas pedras repousa o espírito do Selo Sagrado. O poder que receberam é grande e precisa de ser respeitado. – disse o Professor. – Sejam cuidadosos.

Mais uns abraços com muitas promessas de visitas, antes de partirmos, finalmente, rumo ao nosso planeta Terra, feitos em partículas de luz, entregues à infinitude do espaço.

Pelo caminho descobrimos que éramos capazes de comunicar entre as nossas consciências, como numa telepatia conjunta. Decidimos que havíamos de partilhar este poder apenas com pessoas que o merecessem.

Amigos da nossa escola? Não, isso seria limitado. Do nosso país? Mas como, se somo todos uma só família. Boas-pessoas? E como é que vamos saber se são boas ou não? As crianças! É isso mesmo. Vamos partilhar este poder com todas as crianças do mundo.

 

EPÍLOGO

Com muita prudência, mas cansadíssimo de esperar, uma sombra colorida em holograma saiu do foguetão e começou a explorar a superfície do planeta Oculto.

– Alô, alô! Grande astronauta Joaresa Filéx! Está aí alguém?

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Realizou-se no dia 22 de abril, a fase intermunicipal da 14.ª edição do Concurso Nacional de Leitura, que teve como entidade organizadora a Câmara de Cinfães, através da Biblioteca Municipal, com a colaboração das redes Interconcelhia e Concelhia das Bibliotecas Escolares. Mais de 100 alunos, dos 1.º, 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e do ensino secundário, vindos dos 11 municípios da Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa (CIM-TS) disputaram o acesso à fase final nacional que decorrerá a 5 de junho, em Oeiras.

À semelhança do que aconteceu na fase municipal, as provas realizaram-se através da plataforma zoom, mas apesar da distância física foi um dia de festa! A receção de boas-vindas esteve a cargo do vice-presidente do Município de Cinfães, Serafim Rodrigues e a apresentação do evento do animador Carlos Marques. O subdiretor da Direção Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas, Bruno Duarte Eiras abriu a sessão da tarde.

Já o júri do concurso foi composto pelos escritores Luísa Souza, António Salazar Semblano Galhardo e Celeste Almeida.

A música também marcou presença na iniciativa com a participação da Academia d’Artes de Cinfães. Em palco brilharam os alunos Gustavo Pereira, Mariana Monteiro e Matilde Oliveira.

No final foram apurados 8 alunos: Beatriz Ribeiro Pinheiro, do Agrupamento de Escolas da Lixa- Felgueiras; Rodrigo Coelho, do Agrupamento de Escolas de Celorico de Basto; Sara da Rocha Rosa, do Agrupamento de Escolas Joaquim Araújo; Maria Rita Moura Samões, do Agrupamento de Escolas de Lousada; Ana Beatriz Madureira Xavier, do Agrupamento de Escolas de Resende; Mariana Oliveira de Lima, do Agrupamento de Escolas N.º 1 de Marco de Canaveses; Matilde Sousa, do Agrupamento de Escolas de Celorico de Basto e Tiago Rafael Pinto Nogueira, do Agrupamento de Escolas N.º 1 de Marco de Canaveses. Cinfães não apurou nenhum aluno, mas conseguiu uma menção honrosa atribuída a Marco Monteiro, da Escola Sec./3 Prof. Dr. Flávio F.P. Resende.

As bibliotecas escolares agradecem a participação da aluna, Leonor da Costa Rio, que representou o nosso Agrupamento e todos os envolvidos e felicita os participantes pela partilha do gosto pela leitura, desejando boa sorte à representante do nosso concelho.

Pode ser uma imagem de 4 pessoas, ecrã e interiores
 
 
 
 

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SEMANA DA LEITURA "LER SEMPRE. LER EM QUALQUER LUGAR."
NA EB DE VARZIELA, DE 19 A 24 DE ABRIL.
Bibliopaper “À descoberta do mundo Mágico da Biblioteca Municipal de Felgueiras”
Visita Virtual à Biblioteca Municipal de Felgueiras e Leitura do excerto do livro "O Tesouro" de Manuel António Pina, realizadas pela Dr.ª Dulce Freitas à turma de 4.º ano, da professora Joëlle Pinto.
Partilhamos alguns dos momentos convosco...😉🙂

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Dia Mundial do Livro

No âmbito da Rede de Bibliotecas de Felgueiras, para dar cumprimento à atividade “Fórum de Escritores”, o 4º ano da professora Clara Dantas, da EB de Margaride, reúne frequentemente com a escritora Raquel Patriarca, via zoom. Alunos e escritora estão a escrever uma história coletiva, ilustrada. Mais tarde esta história fará parte de um livro que será publicado.

Deixamos aqui uma das ilustrações. Está fantástica!

Pode ser um desenho de árvore e ao ar livre

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Concurso Nacional de Leitura - Fase Intermunicipal
22 de abril
Com a participação da aluna, Leonor da Costa Rio, 5º A.

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Concurso Nacional de Leitura
Fase Municipal
Entrega dos certificados e prémios aos alunos que participaram (2º e 3ºciclos).
Parabéns!

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CAPÍTULO 6

UMA SÓ FAMÍLIA

Era mesmo possível! Mais, era mesmo verdade!

Os ocultianos, os Mestres da Matéria, aqueles seres maravilhosos que pareciam acabados de sair das páginas de um livro de aventuras eram, afinal, naturais do planeta Terra.

– Mas então… – o Filipe tentava dar palavras à confusão instalada nas nossas cabeças. – Então vocês vieram do mesmo planeta que nós?

– Os nossos antepassados vieram do vosso planeta, sim. – Começou a Arya a contar, enquanto fazia um gesto e nos convida para sentar numa espécie de roda.

– Há muitas, muitas voltas ao Sol, os antigos Mestres deixaram de atender ao carinho que deviam guardar à Natureza. A capacidade de fusão com a matéria é um poder que pode alcançar feitos maravilhosos. A montanha onde se ergue este templo, por exemplo, foi trazida à superfície a partir do fogo incandescente das entranhas do planeta. E o templo em si, foi construído, pedra por pedra, com partículas de todas as substâncias encontradas em todas as partes deste mundo. Foi um esforço de todos, conseguido apenas pela harmonia que reinava entre os elementos da nossa primeira comunidade. Mas em tudo, como na própria Natureza, vive uma fracção de luz e outra de sombra e, assim, a capacidade de fusão com a matéria é um poder que, usado, sem cuidado pela Natureza, pode provocar efeitos assustadores e terríveis. Foi o que aconteceu. À beira de um cataclismo que acreditaram ser global, os Antigos deixaram a Terra e vieram refugiar-se no mundo que ficava Oculto por trás da luz do Sol.

A Arya suspirou e sou capaz de jurar que, no preciso momento em que expirou o ar dos pulmões, o seu corpo brilhou e perdeu um pouco as formas, como se fosse esfumar-se e desaparecer, mas, logo a seguir, ali estava ela, a mesma Arya de um momento antes.

Parecia que o silêncio se tinha vindo sentar connosco. Olhávamos para as gravuras na parede e eu não conseguia deixar de pensar na relação entre a luz e a sombra, o nosso Planeta Terra e aquele outro, o Oculto, que girava no espaço à sombra da luz do Sol.

– Nunca pensaram em voltar? – A Joana era sempre assim. Nas nossas conversas e mesmo nas aulas, fazia sempre as melhores perguntas. Mal acabávamos de as ouvir, descobríamos que também nós estávamos mortos por saber as respostas.

– Sim, a certa altura três estudiosos foram enviados à Terra para registar os estragos do cataclismo. Soubemos, então, que a catástrofe não tinha destruído todo o planeta, apenas o Continente da Atlântida. Tinham até sobrevivido as ilhas da Macaronésia. Talvez vocês as conheçam.

Trocámos olhares entre nós e sorrimos.

– Conhecemo-las muito bem!

– Mas nessa altura já não era possível regressarmos. – O Box falava com tristeza e eu temi que se transformasse outra vez em poça de água.

– Quando os Antigos fizeram a primeira viagem, – explicou a Arya – passaram muito perto do Sol, e a capacidade de partilhar a substância com a Natureza aumentou. Já não éramos humanos como antes, não saberíamos integrar-nos, seríamos recebidos como estranhos.

– Mas vocês não são estranhos, – disse a Teresa que tentava oferecer consolo ao Box. – Somos todos da mesma família.

– Isso é verdade, – continuou a Arya – mas é uma verdade maior do que parece, e é aí que bate o coração de tudo…. Somos todos uma só família. Vocês, nós, a luz, a sombra, todas as partículas da matéria, toda a Natureza. E, como em qualquer família, a ternura deve ser o laço que nos liga.

– Nós também passámos perto do sol, – disse a Teresa – achas que aumentou em nós o poder de controlar a matéria.

– É possível.

– Bem! Imagina! – os olhos do Filipe não podiam abrir-se mais enquanto ele falava. – Se pudéssemos aprender, ou lembrar, a ser Mestres da Matéria! Já não precisávamos de carros, nem de comboios nem de aviões para viajar e acabava-se tanta a poluição!

– E éramos capazes de produzir bons alimentos que pudessem acabar com a fome no mundo, – disse a Joana. – Só não sei se haveria gomas… desculpa lá, Teresa.

– Por falar nisso, – o Box pôs-se de pé tão depressa que parecia que ia levantar voo. – Estou cheio de fome! Primeiro vamos comer e, depois, se vocês quiserem, podemos levar-vos ao Professor.

 

 

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Concurso Nacional de Leitura - Fase Intermunicipal
22 de abril
Com a participação da aluna, Leonor da Costa Rio, 5º A.

Pode ser uma imagem de texto que diz "TOUR 0A0团 2020/2021f.se MACCNA intermunicipal 22.abril 2021 LETURA 0000044 TÂMEGA E SOUSA Amarante Baião| Castelo de Paiva Celorico de Basto| Cinfães| Felgueiras| Lousada Marco de Canaveses |Paços de Ferreira Resende 10H00 ON-LINE: 10H30 PROVA ESCRITA (SESSÃO RESTRITA) 1.° Ciclo 2. Ciclo 3. Ciclo Ensino Secundário 14H15- -PROVA ORAL (SESSÃO PÚBLICA) reunião: 834 Senha Animação de Carlos Marques .Momento Musical pela Academia d'Artes de Cinfães Uma organização: REPÚBLICA PORTUGUES LeRT Cinfães Biblioteca Municipal DGLAB RTP"

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Concurso Nacional de Leitura
Fase Municipal
Entrega dos certificados e prémios aos alunos que participaram (2º e 3ºciclos).
Parabéns!

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